terça-feira, outubro 31, 2006

Bruno Bezerra analisa a mudança da feira

Foto: Gilberto Geraldo

Entrevista exclusiva com Bruno Bezerra sobre a revolução econômica em SCC

O empreendedor Bruno Bezerra concedeu entrevista exclusiva para este blog. Bruno é autor do livro "Caminhos do Desenvolvimento", onde narra toda história empreendedora da Terra das Confecções. Na entrevista, ele discorre sobre a revolução que o Santa Cruz Moda Center já está realizando na cultura econômica local.

Bruno esse empreendimento revoluciona a economia de SCC?

Esse empreendimento consolida a cultura empreendedora do nosso povo, é mais uma página bem escrita na nossa história, e bem escrita por várias mãos, é preciso salientar. O Moda Center é o cartão de visitas de uma cultura empreendedora que vem sendo conquistada, evoluindo ao logo de décadas na força do trabalho de homens e mulheres de fibra, espalhados por toda Santa Cruz e região. O Moda Center é na verdade a extensão da casa de cada cidadão trabalhador de Santa Cruz, é uma extensão da micro e pequena empresa familiar que funciona nas residências, das empresas de maior porte, é a materialização da alma empreendedora do nosso povo. É a locomotiva de um vistoso trem chamado “pólo de confecções do agreste pernambucano”, uma das atividades econômicas que mais e melhor distribui renda no país. É o fruto mais doce de décadas de trabalho de pelo menos duas gerações de empreendedores da terra das confecções.

Pouco se discute, mas com a transferência da feira, ela acabou por triplicar seu quantitativo de vendedores. Esse aumento da oferta não terá conseqüências negativas para a economia da região?

Acredito que não, o próprio mercado se encarregará de selecionar e harmonizar essa quantidade de vendedores. O que não podemos perder nunca é a nossa capacidade de ofertar oportunidade, e eu explico melhor. Quando a feira funcionava nas ruas, qualquer pessoa poderia começar, ou recomeçar do zero - e muitas vezes até de uma situação deficitária – pois a todo o momento, a feira ofertava oportunidades, bastava que alguém, mesmo sem capital, tivesse o mínimo de conhecimento e crédito para entrar no mercado. O sujeito sem capital algum, poderia pegar produtos de um fabricante e revender nas ruas ganhando comissão ou algum extra, mesmo sem ter um ponto na feira, ele poderia sair vendendo nas representações, na mão, no carro ou carroça pela feira. É fundamental para nossa estrutura econômica o calçadão funcionado decentemente, para permitir que essa oferta de oportunidade não acabe. Claro, tudo dentro de uma nova realidade de organização, planejamento etc. Mas fundamentalmente sem deixar de ofertar oportunidade a todo e qualquer trabalhador, pois nunca sabemos o dia de amanhã, hoje quem está por cima, pode amanhã ficar por baixo, e é preciso que se tenha oportunidade sempre.

Como você analisa toda essa questão relativa ao ‘calçadão’ e agora com o ‘poeirão’. Tudo isso não aconteceu por falta de um planejamento mais aprofundado para a acomodação dos que não puderam comprar boxes?

A falta de planejamento atrapalhou esse processo. Faltou um recadastramento dos vendedores ativos da feira na rua, inclusive com verificação do local onde essas pessoas estavam vendendo na feira de rua. Ao final desse recadastramento deveria ter sido entregue a senha ou autorização para que o vendedor agilizasse sua transferência para o calçadão. Mas também não adianta falarmos do que deveria ter sido feito, o importante agora é cuidar daquela importante parcela do nosso modelo econômico, criando uma estrutura decente para os compradores e vendedores do calçadão, pois o que o povo quer é trabalhar, esteja ele no calçadão ou nos boxes e lojas do Moda Center, assim sendo, é preciso muito bom senso para sintonizar e equilibrar os muitos interesses ali, onde uns querem algo mais sofisticado e outros mais simples. É preciso focar sempre o comprador, uma estrutura produtiva em primeiro lugar para quem vem comprar, e chegar num ponto de equilíbrio, um meio termo entre o conforto e a comodidade.

Na sua opinião, da inauguração oficial até hoje, o balanço do Moda Center é positivo?

Em primeiro lugar, não podemos ver a mudança da feira nas ruas para o Moda Center como um simples ato de realocar uma feira. Estamos tratando com mudança cultural. Não é uma tarefa das mais fáceis mudar uma feira de rua grandiosa como a nossa. Mais complicado ainda é mudar uma feira que é também uma forte tradição cultural, isso implica mudanças no tocante à forma de comercializar, expor, produzir, pensar e planejar o negócio, seja ele do tamanho que for. Eu sempre disse que a estrutura do Moda Center deveria ser pensada e planejada em primeiro lugar para ofertar uma maior e melhor condição de trabalho para quem vem dos mais variados lugares do Brasil comprar em nossa cidade, pois se é bom para quem vem comprar, será bem melhor para quem vai vender. A estrutura do Moda Center tem agradado e muito nossos compradores, esse a meu ver deve ser o objetivo principal, e tem sido bastante positivo nesse sentido, é preciso dar seqüência a esse trabalho, focando sempre uma melhor qualidade no atendimento, a questão da segurança, organização, limpeza, eficiência estrutural, publicidade etc. Eu acredito, e confio, que nosso condomínio fará isso com a devida competência.

Que nota você daria ao desempenho da direção do condomínio?

Acho que o condomínio não precisa de nota nesse momento, precisa sim, de tempo para fazer o trabalho que tem que ser feito, para planejar sobretudo, e com isso, sempre que possível, antecipar-se aos problemas, e não permitir que o problema aconteça, mais ou menos como faz a medicina preventiva no âmbito da saúde. Um exemplo prático da antecipação de um problema seria a discussão imediata da questão fiscal com o Governo do Estado, criar um tipo de inscrição específica para nossa estrutura econômica, levando em consideração nossas particularidades, para que não aconteça o que aconteceu em Toritama. Vale ressaltar que temos no condomínio pessoas com grande capacidade para gerir esse empreendimento, um presidente acessível, que tem procurado trabalhar em conjunto com os demais membros do condomínio, que são igualmente acessíveis. Isso é fundamental, é o caminho certo. É importante para o trabalho do condomínio ter esse canal aberto, ouvir as pessoas que fazem parte do dia-a-dia do Moda Center, do mais humilde funcionário, vendedor e comprador até os grandes.


Para finalizar, qual o conselho que você daria, como estudioso da economia local, para otimizar o desempenho e atrair mais compradores?

Planejamento é a palavra chave, planejamento de pequeno, médio e longo prazo. Planejamento não apenas na estrutura do Moda Center, mas também da cidade como um todo. É preciso criar uma infra-estrutura na esfera pública e privada que comporte o incremento pós Moda Center. Precisamos criar nosso distrito industrial, voltado para a micro, pequena e média indústria, e nos consolidarmos como uma estruturada unidade produtora. A revitalização do centro é fundamental, especialmente para diversificarmos nosso comércio em geral. Precisamos criar mecanismos que nos permita desenvolver sem agredir o meio ambiente, é preciso pensar e planejar a cidade, não apenas o Moda Center, mas do centro a periferia, assim como pensamos e planejamos nossas vidas, a cidade também tem vida, e é preciso ser pensada e planejada no pequeno, médio e longo prazo. Precisamos buscar uma relação harmoniosa entre desenvolvimento econômico, social e cultural, para ganhamos não apenas novos compradores, mas sobretudo, ganharmos em qualidade de vida, e só existe um caminho seguro para isso, educação.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Eduardo derrota Mendonça e Jarbas

Por Clóvis Andrade Do Jornal do Commercio (Im Blog César Rocha)

Depois de passar oito anos praticamente relegado a um segundo plano na política local, o PSB estará de volta ao governo do Estado a partir de 1º de janeiro e pelos próximos quatro anos. O candidato socialista, Eduardo Campos, obteve ontem uma vitória avassaladora no segundo turno da eleição, colocando 1.233.024 votos de diferença sobre o atual governador, Mendonça Filho (PFL).
Ao final da apuração, Eduardo ficou com 65,36% dos votos válidos, contra 34,64% do pefelista, que havia atingido 39,32% no primeiro turno. Com isso, lavou a alma do avô, Miguel Arraes – falecido no ano passado –, que em 1998 sofrera uma derrota por 1.065.512 votos para o agora senador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB), de quem Mendonça seria vice por dois mandatos.
É verdade que, naquela ocasião, Jarbas saiu-se vitorioso já no primeiro turno. Não precisou, ao contrário de Eduardo, de uma segunda rodada para ultrapassar os 60% – 64,13% mais precisamente, enquanto Arraes ficou com apenas 26,37%.
(...) O socialista foi votado por nada menos que 2.623.297 dos 5.834.512 eleitores pernambucanos, contra 1.390.273 do pefelista. Além de levar uma larga vantagem sobre o adversário em todas as sub-regiões do Estado, ele também ganhou em Fernando de Noronha e em 171 dos 184 municípios, incluindo os 14 da Região Metropolitana.
Jarbas, ao bater Arraes, levou a melhor em 130 localidades, mas perdeu em Petrolina, principal cidade do Sertão do São Francisco.

sexta-feira, outubro 27, 2006


Agnaldo Xavier faz críticas ao "EU" em seu discurso
Na 13º sessão órdinária da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, o vereador Agnaldo Xavier (PRB) , fez duras críticas indiretas a um personagem que ele chamou de "EU". Informações de bastidores relatam que o vereador se referia ao prefeito José Agusto Maia. Em seu discurso, Agnaldo revelou que o fato do ex-ministro Eduardo Campos ir ao segundo turno, se deu principalmente pelo trabalho em grupo. Ele disse que o "EU" na campanha em Santa Cruz do Capibaribe, quis centralizar em suas mãos toda atenção e as decisões do pleito. Seria esse um dos dos eventuais motivos para a derrota do ex-ministro Humberto Costa, candidato do prefeito, no município. "Com esse posicionamento de parte da bancada, chegamos a arriscar nossos pescoços, mas depois se confirmou que nossa decisão em apoiar Eduardo Campos foi acertada", afirma Agnaldo.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Denúncia falsa leva PM à Vila do Pará

Em entrevista concedida na manhã da quinta-feira, 26, o popular cohecido por Wilsinho do Pará revelou estar sofrendo perseguição política no distrito. Segundo a entrevista, concedida ao Programa Show da Manhã, comandado por Ronaldo Pacas, o comerciante revelou que uma denúncia anônima levou a polícia militar à sua residência. Segundo a denúncia Wilsinho teria um arsenal dentro de sua casa, inclusive fabricaria armas de forma artesanal. Após revistar todo domicílio a PM não encontrou nenhuma confirmação da denúncia. Wilsinho é comerciante, e apoiou durante o pleito eleitoral, o deputado Edson Vieira, que saiu majoritário no distrito com 523 votos. “Fizemos uma festa para o deputado eleito no último sábado, coincidentemente a denúncia veio logo depois”, afirma o Wilsinho.

Communews de volta

Após um tempo desativado estou voltando com o blog mais informativo da região. Comentem, leiam, critiquem.

Aguardo a sua visita!!!!